quinta-feira, 27 de março de 2014

Lua de Março de 2014


Voltei ao Cabeço da Areia na passada sexta-feira, com alguma fé de atirar, tendo em conta que os vestígios da passagem de javalis eram bastantes, e evidentes; as pegadas indicavam que o lameiro era frequentado por vários animais, três machos no mínimo, e entre estes, um muito grande. Os pinheiros junto aos dois lameiros estavam todos pintados, e bem marcados pelas navalhadas do javardo que me anda a fazer a vida negra, já há mais de dois anos...
Fui com o Pedro Bilbao, que me veio buscar a casa já um pouco para o tardio; no entanto, sabíamos que não iríamos ter movimento antes das dez da noite. A primeira coisa a fazer, mal chegamos ao Cabeço, foi montar as armas, ou seja, armar o arco e a besta; logo depois, vestimo-nos, a pensar numa longa e possivelmente fria espera. Quando nos despachámos, fomos ver a câmara automática, que estava junto ao meu posto... as fotos eram pouco nítidas, mas animadoras; nas duas noites anteriores o lameiro tinha sido visitado pelo menos por dois javardos, ambos machos, e já com um certo porte. Não se conseguiu perceber se outros lá teriam passado, porque a câmara não é das melhores, e o atraso no disparo em relação à detecção do movimento, é significativo... E havia fotos só com a paisagem, e outras pegadas mais pequenas...
O Pedro ficou no chamado Posto da Casinha, que tem um excelente e sólido abrigo, junto a outro lameiro e a dois pinheiros bem marcados. O tiro é fácil e curto; a dificuldade reside no movimento inconstante dos animais, naquele lugar. Tínhamos deixado lá algum milho, três noites antes, e tinham comido tudo. A combinação, entre nós, e quanto a horas de saída, era encontrarmo-nos no carro às duas da manhã. Noite belíssima, clara e sem vento; quase Lua Cheia...Um pouco mais quente, e pareceria Verão.
Deixei o Pedro, e lá fui para o meu posto. Fica dentro dum desses abrigos de montar, por trás do lameiro que tem a câmara, lameiro esse que não vejo directamente, mas que ouço o que lá se passa. Quem vir como coloquei o abrigo, dirá que não está nada bem, e que é mal servido de ventos... De facto, não é o melhor local, mas é o único possível, tendo em conta a conformação do terreno, e a maneira como os animais se mexem...
Arranjei forma de atirar até aos dezoito metros, numa zona larga entre um pedaço de mato mais forte e uma moita, com espaço limpo que se estende até uma azinheira toda pintada de lama. Fiz do sítio um comedouro grande mas muito pouco denso: o milho e a aveia estão espalhados por uma área maior, em vez de estarem concentrados num só ponto. A ideia é fazer com que os javalis encarem logo com a comida, venham eles donde vierem. Por outro lado, além de os obrigar a “trabalhar” mais um pouco e permanecerem mais tempo no local, o cheiro da comedoria é mais intenso, e tem tendência a cobrir o meu.
Não uso tapa cheiros, desses de compra. Para disfarçar qualquer cheiro que eu leve, nomeadamente o das cigarrilhas do Pedro, (que insiste em fumar dentro do carro) uso chá de esteva, concentrado, e não quero outra coisa. Às vezes, junto alecrim ou rosmaninho; também serve para o efeito a água de milho cozido, espalhada sobre a zona, e a encharcar um pano que penduro no posto. Na época certa, e no local adequado, uso aroma de eucalipto.
Entrei no abrigo e fechei duas janelas e a porta, para evitar que o vento entrasse, e para ter mais algum resguardo no que toca a ruídos e cheiros, deixando só a janela de tiro aberta, a encarar toda a área à minha frente. Lá me ajeitei na minha cadeira, que até é bastante cómoda, com o assento e as costas forrados com uma velha capa de banco de automóvel, dessas a imitar pele de ovelha; é quente e silencioso, o tal forro. A mochila espanhola em pele, muito estimada por ser uma oferta de aniversário do João Acabado e do Luiz Pacheco, ficou aberta e à mão de semear; também a jeito ficaram os pacotes de leite com chocolate e as bolachas. Abri o arco várias vezes, para ver se não batia em nada, e para perceber melhor quais as possíveis direcções de tiro.
As horas foram passando, a canzoada ia latindo ao longe, sentindo a passagem dos bichos. E lá se vai pensando na vida, nas alegrias e nas tristezas, nos problemas, que teimam em martelar-nos a cabeça, e nos projectos para o futuro. Os pirilampos ainda não andam por lá, nem esses apareceram para me distrair. Enfim...Tempus fugit.
O vento era pouquíssimo, quase nulo, mas firme na direcção, de Noroeste. Os auscultadores que tinha colocado, ligados a um microfone de boa sensibilidade, faziam-me sentir mais novo, na altura em que os meus ouvidos ainda funcionavam muito bem, sem o castigo dos tiros e das friagens na caça submarina e no surf. E ia escutando tudo; um ratinho que ia de fugida buscar uns grãos ao cevadouro, dois coelhos que por lá passaram, mais que desconfiados...Estava com tosse, pigarreei com o cachecol a cobrir o som, e bebi um leite com chocolate para ajudar a tirar aquela impressão na garganta, Devia ter trazido uns rebuçados de mentol...
Agora, eram os cães da quinta que davam sinal. Andava por ali qualquer coisa, de certeza. E era nas minhas costas. Depois de estar parado tanto tempo, era melhor tentar aquecer a musculatura específica, antes de abrir o arco. Sempre são cinquenta e oito libras a vinte e sete polegadas de abertura; mesmo só puxando vinte e seis, e momentaneamente, ainda é um pouco duro... Mas para aquecer não é preciso muito, basta rodar os ombros e contrair várias vezes os músculos solicitados por aquele tipo de esforço....
Agora, a atenção estava toda focada na detecção de qualquer barulho, que mesmo fraco, seria indicador do que podia acontecer. Às 11h10m, os cães fizeram uma algazarra enorme, a menos de cinquenta metros da minha posição, e outra vez atrás de mim. Depois, ouvi passos, aquele som do pisar característico na terra macia.
Eram 11h15m, quando ouvi um javali, a esfregar-se na lama, e depois a sacudir as orelhas. Não percebi se foi a um dos pinheiros para a coça habitual. Soprou com força, uma só vez. Ter-me-ia sentido? O coração acelerou, e muito, como me acontece habitualmente; depois acalmo, assim que vejo o animal.
A seguir, o javardo atravessou a manchinha de mato que o separava do milho, e meio encoberto pelos arbustos e sombra, começou a comer. Via-o mal, meio no escuro; estava a uns doze ou treze metros, talvez um pouco mais. Com os binóculos tentei visualizar qual a posição, e só então compreendi que comia de joelhos, como se fosse um facochero! Esperei que se colocasse melhor, uns cinco minutos, até que o bicho, satisfeito, se levantou, a tomar ventos. Hesitei; a posição da minha cadeira não era a melhor, o javardo estava a jeito, a três quartos, de costas para mim... mas para o apontar bem, teria de me mexer um pouco. Com medo que se fosse embora e não entrasse mais, abri o arco, na altura em que o javali levantava a crina, alarmado pelo ínfimo ruído que fizera, a ajeitar-me para disparar. Concentrei-me num ponto que só adivinhava, no flanco do animal. Larguei a corda, e ouvi a flecha a bater; sem berraria, o javardo arrancou.
 Percebi que a corrida durou pouco tempo, “senti o lance” através dos auscultadores.
Era altura de acalmar. Para fazer tempo, fui arrumando as coisas dentro do abrigo. Telefonei ao meu companheiro Pedro Bilbao, e contei-lhe o que tinha acontecido.
 - Traz a besta armada, e vem junto aos arames. Acho que o bicho está aqui, mas pelo sim, pelo não...
Quando chegou, fomos ver o que se passava, a lança na mão como precaução. Depois, foi fácil, porque os cães da quinta ladravam na direcção que eu sabia que o javali tinha tomado, confirmando o que eu pensava, e o que o arranque, marcado no chão, indicava. A 50 metros do tiro e já dentro do mato cerrado, estava os primeiros pingos e manchas de sangue, a sua sucessão a mostrar que a querença do animal era descer para o ribeiro. Mais dez metros, e numa zona íngreme, lá estava ele. Vi-o com a lanterna, quando me deitei no chão, e a menos de três metros de mim, debaixo de tojo seco, só com os pernis à mostra...Chegar lá foi mais difícil! O problema começou aí, tendo em conta que o mato é do mais custoso que há, muito sujo, composto por estevas, tojo, medronheiros, silvas e trepadeiras, troncos caídos, tudo enleado, que nos impede o andar, e que não nos deixa ver nem dois metros para a frente, se estivermos de pé. Seguiram-se as habituais felicitações, entre amigos que caçam juntos há mais de trinta anos. E depois, um momento de silêncio e de reflexão, para agradecer o lance à nossa presa.
 - Vá, vamos tirá-lo daqui...





Era mais fácil dizê-lo que fazê-lo, tendo em conta o cerrado em que estávamos. Às tantas, nem para a frente, nem para trás! E o javardo não era tão pequeno como isso; não o pesámos, mas calculo que teria um mínimo de setenta quilos. Logo, depois de alguma discussão em relação ao modo de proceder, lá concordámos...A opção foi descer em direcção à linha de água, e a partir daí chegar a um caminho velho que nos deixasse andar. E assim foi...Mas o caminho era longo e difícil, e eu rogava mais pragas que um carroceiro desnorteado. Optámos por tirar as tripas, deixando-as enterradas sob um aluimento de terra na encosta, fácil de manusear para tapar os despojos. Mesmo assim, foi um bico-de-obra! Depois das fotografias da praxe, carregámos o bicho no carro, e viemos até à minha casa, onde completámos as honrosas tarefas de esfola, desmanchar a carcaça e dividir a carne. Eram seis e meia da matina, estava eu de mangueira na mão a lavar o quintal. Só me deitei eram sete horas!
Fica a boa recordação, e um cansaço terrível!
O arco que usei foi o fiel recurvo Border Black Douglas, com 58# a 27” de puxada. A ponta, foi uma clássica Bear Razorhead de duas lâminas fixas. A flecha é pesada, para ter um bom “momentum”, ajudando a penetração. O mais tradicional possível...Continuo a defender a teoria de que, para esperas nocturnas com arco, se deve optar por um recurvo, ou longbow, sem mira, o mais simples que houver, mas de boa qualidade, e com a potência mínima adequada, claro! Exige mais treino, evidentemente, mas é um prazer enorme treinar o chamado tiro instintivo, e começar a sentir os resultados e a melhoria da nossa performance. Quando atingimos a forma necessária, a confiança em nós e na nossa arma é enorme.
Costumo treinar de noite, em condições semelhantes àquelas que encontro na caça de espera aos javalis; felizmente consigo fazer isso no meu quintal...É mais do que obrigatório atirar perto: no máximo, até aos quinze metros, e com muito bom luar! E isso dá-me um grande gozo, a proximidade da presa.
Os arcos compound são belíssimos e eficientes para esperas diurnas, ou caça de aproximação, também de dia. Super rápidos, fazem tiros, nessas ocasiões e em condições ideais, a mais de cinquenta metros! O caçador comum, nas esperas nocturnas, só com muita prática no manuseio destes arcos é que se safa, pois são, por natureza, instrumentos complicados... cabos, roldanas, mira, iluminador das miras, disparador, rangefinder... Náááá. A estes arcos, prefiro uma besta, que é muito eficaz. Ou então caço de carabina, que é excelente!
Quanto a “balística terminal”, neste meu lance, a flecha entrou atrás da última costela, e seguiu longitudinalmente, cortando todos os órgãos que encontrou no seu caminho, e os grandes vasos, causando forte hemorragia interna e alguma externa, que deu para pistar. Uma nota: As mãos do animal tinham as unhas deformadas, como se tivesse sido ferido em pequeno, ou talvez sofrido de febre aftosa...As unhas estavam soldadas; já tínhamos reparado, dois dias antes, numa pegada esquisita. Mas havia tantas, no lameiro, que não ligámos muito àquela! Bom, o grande ainda lá está, e já nos tratamos por tu... Ao longo de três anos, ele tem ganho todos os lances...


A câmara ficou ligada, pode ser que tenhamos o prazer de o ver virtualmente, na nossa próxima visita de preparação. Vamos lá, então, esperar por uma bonita Lua de Abril...Mesmo sem javalis, é um prazer estar no campo.

sexta-feira, 12 de abril de 2013



CÃES PARA NOS AJUDAR...





O primeiro javali do meu filho Francisco, cobrado com a ajuda do Tocas



Há que tempos que andava para fazer um pequeno apontamento sobre os cães que devem acompanhar o arqueiro-caçador, ou o besteiro. E se o pensei fazer, será pela necessidade premente de começarmos a ter um cão que nos ajude a pistar a caça ferida.

Esta obrigação de todo e qualquer caçador, ou seja, envidar todos os esforços para cobrar o animal a que atirou, é muito facilitada ao usar um cão de sangue, bem treinado.
Pessoalmente, prefiro ter um companheiro mais polivalente, do que propriamente ter um cão que esteja 100% vocacionado para sangue; e nesse sentido, sempre tive terriers: primeiro um Airedale, da criação do Sid Ball, depois os foxterriers de pelo cerdoso.

Foram estes últimos (o Tocas e a Tara), e a sua descendência (o célebre Fox do João Megre Pires) que me encheram as medidas.

No entanto, reconheço que teria ficado bem servido se tivesse um Teckel, nomeadamente de pelo cerdoso, porte médio e origem reconhecida, com pais bons rastreadores. Com efeito, o Teckel é o cão de rastro de sangue mais preferido, por exemplo, pelos arqueiros franceses. Em Espanha, o Jagdterrier já lhe disputa a preferência.

De qualquer forma, e seguindo a tal ideia da polivalência, prefiro os fox: Com uma coragem a toda a prova, são auxiliares importantíssimos e mais ágeis na caça de levante ao javali, nas pequenas batidas para arqueiros, e têm faro, quanto baste, para seguir de ferido.

fotografias do Fox Terrier Club http://www.thefoxterrierclub.co.uk/

Tendo tido fox com a variante pelo cerdoso, só posso apontar um único contra: São cães muito bonitos, mas para tratar bem do seu pelo e mantê-lo em condições, é muito trabalhoso. Quanto a carácter e capacidade de trabalho, as duas variantes da raça (cerdoso e liso) terão relativamente poucas diferenças.

Actualmente não tenho cão, infelizmente, e depois de me ter informado junto de criadores e proprietários, em Espanha, França e Checoslováquia, cheguei à conclusão que o Terrier de Caça Alemão (Deutscher Jagdterrier), é a melhor opção para mim, tendo em conta a tal polivalência que necessito, o facto de caçar 90% com arco e 10% com arma de fogo, alguma disponibilidade para o ensino,  experiência com outros cães de “forte personalidade”, e gostar muito de terriers, no geral!

Inconvenientes? Alguns...A tal forte personalidade exige pulso firme, muitas saídas e exercício, e o tal treino especial selectivo, que os vai fazer seguir de ferido, levantar caça e trazer à mão. Por outro lado, será difícil manter a característica de cão de raposa e texugo em toca (perro de madriguera), em que é considerado o melhor cão do mundo, em simultâneo com a vocação para a caça maior, ou mesmo caça menor...No fim de contas, um pouco como o foxterrier.
Não é fácil encontrar em Portugal, nomeadamente com a garantia de pais caçadores e com o teste da luxação do cristalino efectuado. Esta doença provoca irremediavelmente a cegueira, é hereditária, e aparece por volta dos 5 anos de idade. O teste do cachorro ou a garantia do teste de ambos os pais vai evitar surpresas desagradáveis.
.
Vantagens: Coragem desmesurada, pode salvar o dono de algumas arremetidas de javali ferido, durante a pistagem. Extremamente polivalente, quando preparado para isso. Resistentes ao tempo e a muitas doenças. Dá-se bem em casa, com crianças, mantém uma certa distância, como o foxterrier. Bom guarda.
Nota: Exigir sempre, na compra, certificado comprovando que o cão, ou os pais, não são portadores do gene da luxação do cristalino, mais certificados de aptidão nos diversos tipos de trabalho (cão ou pais), tatuagem e chip, mais vacinas.




Estalão da raça:
APARÊNCIA GERAL: cão de caça preto e avermelhado, pequeno na cor, compacto e bem proporcionado.

PROPORÇÕES IMPORTANTES:

Razão entre a circunferência do peito / altura na cernelha: A circunferência do tórax é de 10 a 12 cm maior do que a altura da cruz.
Comprimento do corpo / altura da cruz: o corpo é ligeiramente maior que a altura na cernelha.
Profundidade do peito / altura na cernelha: É cerca de 55 a 60% da altura na cernelha.
COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: É corajoso e forte, como o trabalho e é constante, cheio de vitalidade e temperamento, confiável, dócil e amigável, não é tímido ou agressivo para pessoas, pode desconfiar de estranhos, alguma agressividade para outros cães.
CABEÇA: alongada, ligeiramente em forma de cunha, mas não pontiaguda. Focinho ligeiramente mais curto do que o crânio medido do occipital à depressão fronto-nasal
REGIÃO CRANIANA
Crânio: crânio achatado e largo entre as orelhas. Um pouco mais estreito entre os olhos.
Stop: Pouco desenvolvido.
REGIÃO FACIAL
Nariz ou trufa: Em relação ao focinho não deve ser muito estreito ou muito pequeno, narinas não divididas, sempre negro, se a cor da principal da pelagem é castanho, a trufa também pode ser dessa cor.
Focinho: poderoso, profundo e forte mandíbula, queixo bem delineado.
Maxilares / Dentes: maxilares fortes com uma mordida perfeita, regular e completa em tesoura, ou seja, o lado interno dos incisivos superiores estão em contacto com a face externa dos dentes incisivos inferiores e inseridos ortogonalmente em relação aos maxilares. Um desenvolvimento ósseo ou muscular excessivo das mandíbulas é indesejável ​​e feio.
Bochechas: Algo pronunciadas.
Lábios: bem aderentes com boa pigmentação.
Maxilares / Dentada / Dentes: Os dentes são grandes. A mandíbula é poderosa e tem uma mordida em tesoura perfeita, regular e completa, em que os incisivos superiores se sobrepõem aos inferiores sem espaço, e os dentes encontram-se na posição vertical no maxilar. Tem de ter 42 dentes de acordo com a fórmula dentária.
Olhos: escuros, pequenos, expressivos, bem inseridos para se protegerem contra lesões, com pálpebras aderentes e expressão decisiva.
Orelhas: semi-erectas, de modo que as pontas se unam ligeiramente à cabeça, de inserção alta, não muito pequenas, em forma de "V".
PESCOÇO: forte, não muito longo, bem junto ao corpo e no seguimento dos ombros. 
CORPO 
Linha superior: recta.
Cruz: Marcado.
Dorso: forte, em linha recta, não muito curto.
Lombo: Tem uma musculatura forte.
Garupa: muscular, plana.
Peito: profundo, não muito amplo, costelas bem arqueadas e dirigidas para trás, esterno comprido.
Linha inferior: forma um arco gracioso para trás, flancos curtos e firmes, ventre ligeiramente esgalgado.
Cauda: bem inserida na garupa, encurtada em cerca de um terço do seu comprimento. Pode estar um pouco menos do que levantada na vertical, e não deve ser inclinada sobre o dorso. (Em países onde as leis proíbem o corte da cauda, ​​ esta pode permanecer natural e deve estar na horizontal ou em sabre).

Extremidades 
Anteriores, Quartos dianteiros 
Resumo: Os membros anteriores, vistos de frente, serão rectos e paralelos, lateralmente apresentam-se bem aprumados sob o corpo. A distância desde o chão até ao cotovelo é quase a mesma que a do cotovelo à cruz.
Ombros: Omoplata comprida, longa, bem definida e dirigida para trás; ombros musculados. Bom ângulo entre a escápula e o braço.
Braços: O mais longo possível, delgado, bem musculado.
Cotovelos: rentes ao corpo, não virando nem para dentro, nem fora. Boa angulação entre o braço e antebraço.
Antebraço: Delgado, vertical, com os ossos robustos.
Articulação do carpo: forte.
Metacarpos: ligeiramente inclinado para a frente, os ossos mais para o  robusto do que o frágil.
Mãos: Frequentemente maiores do que os pés, com os dedos juntos, e almofadas suficientemente espessas, duras, resistentes e bem pigmentadas. Os pés assentam no chão, em paralelo, sem os desvios para fora ou para dentro, parado ou em movimento.

Posteriores, Quartos traseiros 
Aparência geral: vistos por trás, rectos e paralelos. Bem angulados entre coxa e da perna, e entre a perna e o metatarso. Ossos fortes.
Coxas: compridas, largas e musculosas.
Joelhos: fortes, com bom ângulo entre a coxa e a perna.
Pernas: Compridas, largas e tendinosas.
Articulação tíbio-társica, ou Jarrete: forte e profunda.
Metatarso: curto e vertical.
Pés: ovais, quase redondos, dedos bem unidos e com almofadas suficientemente espessas duras, resistentes e bem pigmentadas. Pisam em paralelo, tanto em pé como em movimento e não têm desvios nem para dentro, nem para fora. 
MOVIMENTO: a abarcar o terreno, com bom avance e impulso, é fluido, os pés e mãos são mantidos rectos e paralelos. 
PELE: grossa, bem aderente e sem pregas 
PELAGEM
imagem do site  da R. Checa  www.jagdterrierclub.net


Pelo: áspero, duro, denso e recto; ou pelo liso, duro.
COR: A cor é preta, castanho-escura ou negro acinzentada, em conjunto com marcas, bem delineadas, amarelo-avermelhadas sobre os olhos (sobrancelhas), focinho, peito, pernas e em redor do ânus. Permite-se uma máscara clara ou escura; é tolerada uma pequena marca branca no peito e nos dedos.

TAMANHO E PESO

Cernelha:
Machos: 33-40 centímetros
Fêmeas: 33-40 centímetros

Peso (desejável para o trabalho):
Machos: 9-10 kg
Fêmeas: 7,5 a 8,5 kg
FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e da seriedade do que é considerado o grau de desvio do padrão.

FALTAS ELIMINATÓRIAS

Agressivo ou muito tímido.
Temeroso com o tiro, medo de ver animais selvagens, fraqueza de carácter.
Prognatismo superior ou inferior, arcada dos incisivos desviada, mordida em turquês total ou parcial, incisivos alinhados de forma irregular, falta de dentes, excepto M3.
A falta de pigmentação.
Entrópio, ectrópio, olhos de cores diferentes (anisocromía), olhos azuis ou manchados.
Cores de pelo não autorizadas
Altura na cernelha menor que 33 cm e maior que 40 cm.
Qualquer cão que apresentar anormalidades físicas ou de comportamento deve ser desqualificado.
Nota: Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos no escroto.
 Links:
Um excelente fórum específico: JAGDTERRIER - LE FORUM
http://jagdterrier.xooit.fr/portal.php
Asociación Española del Deutscher Jagdterrier.
http://www.aedjt.com
Jagdterrier Club de France
Slowakischer Jagdterrierclub
Clubes Rep. Checa:



terça-feira, 6 de novembro de 2012

Salud, nómadas.

Me dirijo a vosotros para poner en vuestro conocimiento que nos gustaría mucho contar con las experiencias en la caza con arco tradicional de los hermanos portugueses, para poder publicarlas en nuestro e-boletín, "Nómadas".

Estoy abierto a recibir vuestras colaboraciones y fotografías. Aquí os dejo un enlace por si queréis consultar nuestro e-boletín: http://www.joomag.com/magazine/nomadas-jul-2012/0576331001342716523

Un abrazo.

Leizael

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Muitos parabéns ao veteraníssimo e amigo Sid Ball Sr. que deu uma coça a muitos e ganhou o Campeonato Escocês de Tiro com Arco! À frente de muitos compounds...

Congratulations, Sid! Very nice bow!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Este blog reúne amigos de muitos lugares. Bem vindo amigo Nómada Leizael, grande arqueiro espanhol e dinamizador da nossa modalidade venatória!

Outro caçador com arco que não é (de passaporte) português é o Sid Ball; foi um dos responsáveis pela legalização da caça com arco em Portugal.
Regressou à Escócia, sua terra natal, e conseguiu realizar o seu sonho: hoje é dono da Border, para mim a melhor  e mais inovadora marca de arcos tradicionais de caça do mundo. Desde que o Sid pegou na marca, e ajudado pelo filho Sid Jr., as inovações não pararam...
Fica aqui uma foto do nosso amigo Sid, duma caçada na Austrália.
E se querem ver arcos bons, sigam o link:
http://www.borderbows.com

É claro que se falamos de outros passaportes, não nos podíamos esquecer do Pedro Bilbao, presente no início da Caça com Arco no nosso país, companheiro de muitas aventuras e amigo desde sempre, hispano-canadiano- português, ou coisa que o valha...

Isto só prova que a nossa paixão não tem nacionalidade... Fica aqui um grande abraço aos três!